Na calada da madrugada de domingo, uma tragédia abalou as ruas movimentadas da zona leste da capital paulista. O protagonista dessa triste história é o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de apenas 24 anos, cujo nome agora está vinculado a um acidente fatal que ceifou uma vida e deixou uma família em luto.

Dirigindo um luxuoso Porsche 911 Carrera GTS, avaliado em mais de R$ 1 milhão, Fernando se viu envolvido em um fatídico incidente na avenida Salim Farah Maluf. Seu veículo colidiu com a traseira de um Renault Sandero, conduzido pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.

Apesar dos esforços dos bombeiros e do rápido transporte ao hospital municipal do Tatuapé, Ornaldo não resistiu aos ferimentos e perdeu a vida, deixando uma lacuna irreparável para seus entes queridos.

O desenrolar dos acontecimentos após o acidente trouxe à tona uma série de questionamentos sobre a conduta do empresário. Retirado do local pela mãe, sob a justificativa de um ferimento leve na boca, Fernando não teve sua presença registrada em nenhum hospital, impossibilitando a realização do teste do bafômetro pelas autoridades.

A Polícia Civil já anunciou que Fernando será indiciado por homicídio com dolo eventual, lesão corporal e fuga do local de acidente. Essas acusações lançam uma sombra sobre o jovem empresário, cujo nome está associado não apenas ao acidente, mas também a um empreendimento familiar.

Fernando Sastre de Andrade Filho, nascido em dezembro de 1999, figura como parte do quadro societário de diversas empresas, incluindo a FF Andrade Prestação de Serviços Administrativos LTDA e a Sastre Empreendimento Imobiliário. Seu histórico acadêmico, marcado pela matrícula na Universidade Presbiteriana Mackenzie para o curso de engenharia civil, agora é parte de um passado manchado pela tragédia.

Enquanto a defesa do empresário argumenta sobre seu estado de choque e temor de linchamento, a família da vítima chora a perda irreparável de um ente querido. O sentimento de indignação e injustiça ecoa nas redes sociais, onde o filho de Ornaldo da Silva Viana, Luam Silva, expressa sua dor e sua revolta diante do ocorrido.

Em meio a essas narrativas entrelaçadas de tragédia e luto, a busca por justiça e responsabilidade segue seu curso, enquanto a cidade de São Paulo se confronta com mais uma dolorosa lição sobre os perigos das ruas e a fragilidade da vida humana.