Trabalhos começaram em 2019, quando um servidor foi preso por suspeita de cobrar propina. Nesta quarta são cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) dois mandados de busca e apreensão da Operação Teleworking, que investiga crimes contra o Ministério da Previdência Social.
Os trabalhos têm relação com a operação inciada em 2019, quando um ex-servidor do INSS foi preso por suspeita de cobrar propina para liberar benefícios.
Relembre e confira abaixo detalhes dessa nova etapa:
🔎 O que mostram as investigações: de acordo com a polícia, foi constatado que o ex-servidor atuou diretamente em 248 procedimentos administrativos entre 2015 e 2019, sendo que há indícios de ilicitudes em ao menos 39 deles. O homem era servidor do órgão há 13 anos e trabalhava na agência Amoreiras.
💰 Outros crimes na previdência: a partir de uma análise realizada por meio do Núcleo de Inteligência da Coordenação Geral da Inteligência Previdenciária (NUINT/CAS), após a prisão, foram coletados indícios da prática de outros crimes. Entre eles estão:
inserção de dados falsos em sistemas de informações
corrupção passiva
advocacia administrativa
indícios de envolvimento de outra pessoa, que teria praticado crime de corrupção ativa
🚔 Novas buscas: essa etapa da operação foi autorizada pelo juízo da 1ª Vara Federal de Campinas e se direciona a endereços residencial e comercial ligados a segunda pessoa que estaria envolvida.
💸 Prejuízos: Não foi calculado, até o presente momento, o montante do prejuízo causado.
O nome da operação é uma alusão a forma como os investigados conversavam. A Polícia Federal afirma que eles usavam o WhatsApp para combinar e direcionar as práticas, que tinham como objetivo conceder benefícios previdenciários de forma fraudulenta.
Para isso, faziam a inserção de dados falsos no sistema do INSS e realizavam atendimentos sem agendamento ou mesmo com a ausência de documentação comprobatória.