Também serão reajustados em 4,18% os valores dos preços públicos dos demais serviços prestados pelo Semae, como instalação de hidrômetro, troca de registros e emissão de certidões.

A tarifa de água e esgoto de Piracicaba (SP) será reajustada em 12,75%, a partir de agosto. A informação foi comunicada pela prefeitura nesta quinta-feira (29).

Com o reajuste, a tarifa residencial padrão em Piracicaba, para até 10 metros cúbicos (m³), passa de R$ 46,54 para R$ 52,48, um aumento de R$ 5,94.

O aumento foi solicitado pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e autorizado pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ). A resolução que prevê a alta foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial do Município.

Ao todo, Piracicaba tem 188.520 ligações de água, entre residências, indústrias e empresas.

De acordo com justificativa do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), o reajuste no valor da tarifa tem como objetivo manter o equilíbrio financeiro da autarquia e garantir sua capacidade de investimento para a execução de obras de melhorias da distribuição de água na cidade.

Valores por faixa de consumo
O aumento vale para consumidores residenciais, industriais e empresariais em todas as faixas de consumo. Abaixo, confira como ficam os valores mínimos:

Residências que se enquadram na faixa mínima de consumo (de até 10 m³): pagarão R$ 5,94 a mais: a tarifa passa de R$ 46,54 para R$ 52,48
Imóveis comerciais que consomem até 10 m³: o novo valor será de R$ 121,64, ou seja, R$ 13,76 a mais que a tarifa atual, que é de R$ 107,88
Indústrias que pagam o valor mínimo: será de R$ 134,08, ou R$ 15,16 a mais que o valor atual, que é de R$ 118,92.
Também serão reajustados em 4,18% os valores dos preços públicos dos demais serviços prestados pelo Semae, como instalação de hidrômetro, troca de registros e emissão de certidões.

Os reajustes serão aplicados a partir de 1º de agosto. A tabela completa, pode ser consultada no Diário Oficial e site da Agência reguladora Ares-PCJ.

Tarifa social
Famílias de baixa renda que são cadastradas no CadÚnico podem solicitar o benefício da Tarifa Residencial Social, que visa atender famílias de baixa renda com desconto de 50% para aqueles que consomem até 10 m³ ao mês e de 25% para consumo entre 11 m³ e 20 m³.

Tem direito ao benefício a família residente na Unidade Usuária inscrita no CadÚnico atualizado, desde que esteja na faixa salarial de renda familiar mensal por pessoa menor ou igual a meio salário mínimo nacional. A Tarifa Social é destinada apenas para usuários da categoria residencial.

Para solicitar o benefício, o titular da conta de água deve se dirigir ao Semae portando documentos pessoais (CPF, RG ou CNH) e comprovante de inscrição no CadÚnico.

O Semae fica na Rua XV de Novembro, 2.200, no Bairro Alto. Informações pelo telefone (19) 3403-9611.

Investimentos previstos
Nesta revisão tarifária foram previstos investimentos de R$ 136 milhões em obras de infraestrutura em saneamento, sendo R$ 98 milhões com recursos externos e R$ 38 milhões com recursos próprios do Semae. Confira abaixo os detalhes dessas intervenções programadas:

Por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa 1), estão previstos aproximadamente R$ 23 milhões nas obras de modernização da Estação de Tratamento de Água (ETA) Capim Fino;
Pelo Finisa 2, cerca de R$ 50 milhões para construção de 10 quilômetros de adutora de água tratada entre o Capim Fino e Unileste e de dois reservatórios, que devem atender cerca de 25 mil habitantes;
Instalação de duas adutoras que vão compreender as regiões de Ibitiruna e Tanquinho e Pauliceia e Kobayat;
Projeto Desenvolve São Paulo, de aproximadamente R$ 25 milhões, para troca de rede em diversos pontos da cidade, visando a redução do índice de perdas;
Dos R$ 38 milhões de recursos do Semae, entre as principais obras estão melhorias na Captação 3, Adutora Unificada Marechal, Adutora Capim Fino – Santa Teresinha.

Também foram detalhadas novas contratações para o próximo ciclo tarifário: contrato de segurança e monitoramento, atualização de cadastro técnico, estudo de reforço do reservatório Balbo e pesquisa de vazamentos não visíveis.

Outro projeto é a pesquisa de vazamentos não visíveis, por meio da técnica de geofonamento, e execução dos reparos. Segundo o Semae, a pesquisa se faz necessária para o combate às perdas físicas de água.