Caso aconteceu em maio no Centro de Educação Infantil (CEI) de Sorocaba (SP). Imagens da criança trancada e chorando dentro de gaiola foram enviadas à família. Prefeitura informou que afastou a responsável e que o caso é investigado pela corregedoria.
O caso do menino de dois anos que foi flagrado trancado em uma espécie de “jaula”, em uma creche de Sorocaba (SP), chegou até o Ministério Público, que viu indícios de maus-tratos e pediu investigação da Polícia Civil.
Segundo a polícia, já foram ouvidos representantes da creche e do Conselho Tutelar. Uma perícia também foi feita na unidade, que fica no bairro Santa Rosália. A prefeitura informou que afastou a responsável.
De acordo com o documento do MP, o Conselho Tutelar esteve no Centro de Educação Infantil (CEI) para apurar a situação assim que ficou ciente do caso.
Ainda conforme o MP, ao chegar no local, os conselheiros não localizaram a direção escolar e nem representantes da coordenação pedagógica. O Conselho Tutelar foi informado que os responsáveis da unidade escolar vão para o local somente às segundas, quartas e sextas-feiras.
O Conselho Tutelar apurou, também, que a professora da turma da criança está na escola somente no período da tarde, e pela manhã, as crianças ficam sob cuidados de auxiliares.
A promotora de Justiça Cristina Palma informou que o MP pediu que a Secretaria de Educação de Sorocaba esclareça estas situações e outras apuradas pelo órgão, no prazo de dez dias.
Criança chora e pede pela mãe
Uma vizinha da unidade gravou a criança dentro de uma gaiola chorando. O flagrante foi feito em 25 de maio, mas as imagens foram enviadas à redação da TV TEM por outro morador nesta quinta-feira (22).
As imagens mostram a criança dentro do brinquedo chorando e pedindo pela mãe. Segundo a testemunha que fez o registro, a ação foi para corrigir mau comportamento na unidade de educação infantil.
Segundo o advogado da família da criança, Rodrigo Rollo, no dia do ocorrido a mãe foi abordada pela diretora e por um funcionário da Secretaria de Educação que, à princípio, relataram a situação, mas se negaram a apresentar as referidas imagens.
A partir disso, a família procurou por vizinhos da unidade escolar para ter mais informações e solicitar as imagens.
O prefeito de Sorocaba Rodrigo Manga (Republicanos) publicou um vídeo nas redes sociais onde menciona o caso como “suposto terrorismo” e dizendo que determinou, nesta quinta-feira, a remoção da servidora municipal de suas atividades durante a investigação. O afastamento ocorre quase um mês após o ocorrido.
A prefeitura não informou se a mulher atuava como professora ou auxiliar de educação na unidade e também não esclareceu se a servidora foi encaminhada para atuar em outro local.