Jovem conseguiu reunir pistas e indicar à polícia a localização do réu, que foi preso na Zona Leste de São Paulo dois anos depois, no domingo (18).

O ex-namorado preso na tarde de domingo (18), na Zona Leste de São Paulo, dois anos depois de tentar matar a ex-parceira com 15 facadas enquanto a vítima dormia, mandou mensagens horas antes do crime, na madrugada de 21 de abril de 2021. Denilson Araujo Leal é réu na Justiça e tinha prisão decretada.

Ele foi preso na Zona Leste de São Paulo depois que a vítima reuniu pistas com a divulgação do caso pelas redes sociais (entenda mais abaixo).

Depois do término do namoro, horas antes do ataque em 2021, o rapaz chegou a encaminhar à vítima fotos de uma traição, fez ameaças e disse que “seria um demônio na vida dela” (veja trechos abaixo).

As informações foram repassadas por ela à advogada e à polícia para a abordagem e prisão de Denilson. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o mandado de prisão contra o foragido foi cumprido nesta praça.

Após a confirmação da prisão, ela disse se sentir aliviada, apesar do trauma e das marcas que a tentativa de feminicídio deixaram.

“Mesmo ele sendo preso, isso não vai fazer voltar quem eu era, não vai fazer voltar meu corpo como era. Mas é um grande alívio”, afirmou.

O agressor foi conduzido ao 56º DP (Vila Alpina), onde o caso foi registrado como captura de procurado. A defesa dele não foi localizada pelo g1 até a última atualização desta reportagem.

O caso
O namoro teve momentos conturbados. Meses antes da tentativa de femicídio, o agressor pegou o celular da vítima e deu socos na parede por ela ter se recusado a ir em uma festa na casa da mãe dele. Segundo apurado pelo g1, ele ainda a “proibiu” de conversar com amigos.

Dois meses depois, em 7 de abril de 2021, a vítima caminhava pela rua quando notou que o agressor a seguia. Por causa disso, o casal terminou pela primeira vez.

Três dias depois, Denilson foi até a casa da vítima e insistiu para que o relacionamento fosse retomado. Ele chegou a forçá-la a ir com ele a uma festa. No evento, pegou o celular da estudante e pulou numa piscina com o aparelho no bolso.

Em 20 de abril daquele ano, o agressor foi até a casa da estudante e confessou uma traição, ao ser questionado sobre mensagens de uma mulher a ele. Houve uma confusão, e Denilson foi retirado da casa pela família dela. Horas depois, ele invadiu a residência e a atacou.

A vítima ficou cinco dias hospitalizada e entrou em depressão. Atualmente, ela se recuperou dos ferimentos e retomou a faculdade.