Parada tem shows de Pabllo Vittar e Daniela Mercury, entre outros. Serão 19 trios elétricos desfilando na Avenida Paulista, um dos cartões postais da cidade.

A 27ª Parada do Orgulho LGBT+ levou à Avenida Paulista, em São Paulo, uma multidão para acompanhar, em clima de festa, as atrações dos 19 trios elétricos que percorreram o trajeto até a Praça Roosevelt, no Centro.

Por volta das 17h, os participantes já haviam liberado a Paulista e seguido em sentido à Rua da Consolação. O clima era de tranquilidade, sem momentos de tensão registrados pelo g1.

O tema do evento deste ano destaca a luta pela garantia de direitos para a população LGBTQIAP+, especialmente na área de assistência social: “Queremos políticas sociais para LGBT+ por inteiro e não pela metade”.

No início do evento, quando o Zé Gotinha, mascote da vacinação do Ministério da Saúde, subiu ao trio elétrico de abertura da Parada, o público vaiou quando houve, em discursos, menções ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, compareceu à Paulista e discursou em cima de um trio. Ele destacou que é importante falar sobre a diferença entre orgulho e soberba. “Soberba é algo negativo. Outra coisa é o orgulho. E é este que devemos ter.”

“Orgulho de ser quem somos, das batalhas que vencemos, de todas as pessoas que estão aqui porque estão vivas, apesar de um mundo que as massacra”, disse o ministro.

Clima de alegria foi a definição usada por Dayane Liniere, 35, para descrever a tarde deste domingo. Já participou tantas vezes da Parada que perdeu a conta.

“É o jeito de dizer que a gente existe”, observou a participante.

Neste ano, participaram da festa tanto artistas veteranos — como Pabllo Vittar, Pocah, Daniela Mercury, Paulete Pink e Majur — quanto novatos, como Thiago Pentaleão.

Serão 19 trios elétricos desfilando no tradicional trajeto da Avenida Paulista até a Praça Roosevelt, no Centro;
A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência auxilia na preparação de uma área elevada para que pessoas com deficiência e mobilidade reduzida possam descansar;
Foi feito o cordeamento para que esse público possa curtir a marcha até o ponto final;
Além disso, um FlashMob será realizado em homenagem à artista Kaká Di Polly, ícone das drag queens que morreu em janeiro deste ano;
De forma simbólica, drags se deitarão na Avenida Paulista, em frente ao primeiro carro do desfile, para um registro fotográfico.