No total 53.188 estão nas ruas da capital paulista. Os dados do CadÚnico são até março deste ano.
Levantamento divulgado pelo Bom Dia SP nesta sexta-feira (9) aponta um crescimento de 1,8% no número de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. No total 53.188 estão nas ruas da capital paulista. Os dados Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) são até março deste ano.
Além da capital, os municípios de São Bernardo do Campo, Guarulhos, Osasco e Suzano também registram índices elevados. Das 39 cidades pesquisadas apenas duas apresentaram queda no número de pessoas nas ruas: Franco da Rocha e Cotia.
O estado de São Paulo concentra estado 88.415 mil pessoas dessa população. A situação de rua atinge majoritariamente a população negra no nosso país. A cada 10 pessoas em situação de rua, 7 são negras.
Esta semana o Tribunal de Contas do Município deu um prazo de 60 dias para a Prefeitura de São Paulo apresentar um plano de ação que atenda as pessoas em situação de rua na capital. Atualmente são mais de 24 mil vagas de acolhimento.
De acordo com a prefeitura, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) anunciou novas medidas para acolher a população que está nas ruas nos abrigos da capital em dias frios.
O novo protocolo foi definido após um grupo de trabalho da secretaria vistoriar 14 equipamentos municipais, verificando aspectos como qualidade da alimentação oferecida, estoque de toalhas e cobertores, e material de higiene.
Em reunião na semana passada, representantes de organizações que administram os centros de acolhimento definiram o seguinte:
Serão acolhidas todas as pessoas, mesmo as que não possuam encaminhamento. Em caso de ausência de vaga, o serviço responsável por fazer os encaminhamentos será acionado e fica liberada a espera dentro da unidade;
Reserva técnica de 5% de vagas — garantir que haja vagas para as pessoas que chegam de última hora nos abrigos. Objetivo é não dispensar as pessoas por falta de vagas;
Proibido colocar pessoas para fora dos centros de acolhida antes do café da manhã;
Oferecer lanche da noite para quem chegar no local após as 21h, principalmente nos centros de acolhimento emergenciais;
Aumentar a quantidade do café da manhã e acrescentar frutas na refeição;
Reforçar as equipes de limpeza noturnas;
Reforçar o atendimento no momento da recepção e evitar troca constante de funcionários, com objetivo de criar vínculos com quem procura o atendimento;
Colocar placas nas áreas externas informando que ninguém que busca abrigo ficará na rua
Remover cercas cortantes dos muros e instalar câmeras de segurança em todas as unidades