Diego Barbosa era administrador da conta ‘Carros de Baiano’, que foi criado em 2010. Perfil ficou conhecido por mostrar veículos modificados e fazia comentários preconceituosos. Ele foi assassinado na última sexta-feira (1º); nenhum suspeito foi preso.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Diego Henrique Barbosa, de 37 anos, foi assassinado a tiros no bairro São Domingos, Zona Norte de São Paulo, na última sexta-feira (2).
Diego era administrador do perfil no Instagram “Carros de Baiano”, que foi criado em 2010 e acumulava mais de 1 milhão de seguidores. O perfil ficou conhecido por mostrar veículos modificados e fazia comentários preconceituosos.
No vídeo, é possível ver Diego andando pela rua, quando um Gol de cor prata e rebaixado passa ao lado dele. Em seguida, o passageiro abre a porta do veículo e efetua diversos disparos .
Uma equipe da PM foi acionada e encontrou Diego no chão consciente, segundo nota da Secretaria de Segurança Pública. Ele foi levado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pirituba, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Nenhum suspeito foi preso.
A advogada Suzana Ferreira trabalhou para Diego em 2021 e contou para o g1 que ele não gostava que soubessem que era o administrador do perfil.
“No meio da pandemia começaram páginas a serem desativadas, passei a trabalhar com isso e um cliente me recomendou para ele depois que o perfil dos carros foi derrubado por violar diretrizes. Aí, então, fizemos essa parceria de trabalho. A página dele ativava, desativava. Depois ele conseguiu que ela parasse de violar diretrizes e deu tudo certo. Mas ele não dava publicidade. Se alguém perguntava, ele escondia e dizia que fama na internet não era com ele não. Tinha que viver no anonimato”.
Segundo Suzana, Diego era amado pelos seguidores do perfil.
“A página tem muitos fãs. Quando a página principal era desativada, por exemplo, uma outra conta também era aberta e tinha muitos seguidores. Pessoal via um carro engraçado e já mandava para ele. Aí ele já postava com uma legenda que já te fazia rir. Era muito querido por esse público. Era muito amado”, diz.
Suzana acredita que o crime não tenha relação com o perfil que, segundo ela, tinha “humor ácido”.
“Estão especulando se foi pelas ‘piadas’ da página, se foi alguma coisa que envolve as coisas da página. Sou criminalista há mais de 10 anos e eu duvido muito que tenha sido pela questão do trabalho dele. Foi uma morte encomendada por outro motivo”, diz.