Segundo famílias, alimentos estragaram e escola no Jardim Orestes Lopes de Camargo não pode oferecer refeição nesta segunda-feira (22). Crimes se tornaram recorrentes na região.

A Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) José Bonifácio Coutinho Nogueira teve a fiação furtada em Ribeirão Preto (SP) no fim de semana, o que causou transtornos a alunos e funcionários.

Mães relataram à reportagem que, devido ao crime na Rua Gregório Pereira no Jardim Orestes Lopes de Camargo, os alimentos da unidade educacional estragaram e não será possível servir a merenda nesta segunda-feira (22). Nenhum suspeito foi identificado.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que a rotina da unidade foi adaptada para o atendimento aos estudantes, que repudia qualquer ato de violência e que uma equipe da pasta irá realizar a manutenção necessária no local.

Além disso, comunicou que toda a rede municipal tem sistema de monitoramento da Guarda Civil Metropolitana, que realiza rondas em parceria com a Polícia Militar.

Problema recorrente e em alta em Ribeirão Preto, o furto de fios não só tem atrapalhado escolas, mas também causado transtornos ao trânsito, com o desligamento de semáforos. A questão é uma das prioridades do novo comando da Divisão Especializada de Investigações Criminais de Ribeirão Preto (Deic).

Segundo Camila Morais Agati, vendedora e mãe de uma das alunas, essa é a terceira vez que os fios são furtados em menos de 15 dias. Na primeira vez, apenas a secretaria da escola foi prejudicada. Na última sexta-feira (19), o mesmo aconteceu e, durante o fim de semana, voltaram a furtar a escola.

“Não tem como ficar na escola. Eu tenho uma criança de dois anos, ela toma leite, o leite é batido no liquidificador. Não tem como dar leite pra ela, fica complicado”, conta Agati.

A falta de energia gerou problemas tanto para crianças quanto para funcionários. Além dos alimentos estragados, não será possível usar a descarga no banheiro, porque a bomba não consegue encher a caixa d’água, segundo as famílias.

Muitos dos alunos não ficaram na escola por conta dos problemas gerados pelo furto de fios. Algumas mães tiveram que contratar babás de última hora ou levar os filhos para o trabalho.

Juliana dos Santos da Silva, dona de casa, tem dois filhos na escola e cobra uma solução para esse problema recorrente. “Tem que ser feito alguma coisa, que coloque uma serpentina, que aumente o muro, que o prefeito faça alguma coisa por nós”. Para ela, o local é fácil de ser invadido, já que faltam medidas de segurança.