Gerente agrícola ajudou a conter animal após ataque durante comemoração dos 181 anos da cidade. Dez pessoas ficaram feridas.
Um dos que ajudaram a conter o boi que atacou uma multidão durante um desfile de aniversário de Igarapava (SP) no fim de semana, o gerente agrícola Leandro Leal dos Santos garante que o animal é dócil e só partiu para cima da multidão porque tinha se assustado com um cachorro.
“A gente conseguiu prender o boi. O cachorro veio morder ele, ele saiu disparado. O cavaleiro que estava ali em cima segurou ele”, explica Santos.
A EPTV, afiliada da TV Globo no interior de São Paulo, teve acesso a imagens de uma câmera de segurança (veja acima) que mostram um cachorro com as mesmas características descritas pelo gerente agrícola se aproximando do boi, que começa a ficar agitado e parte para cima da multidão.
O incidente ocorreu na manhã de sábado (20) na Avenida 22 de Maio, no Centro, onde cerca de 500 pessoas estavam reunidas para a celebração dos 181 anos da cidade. Em vídeos registrados por moradores, é possível ver o momento em que o boi parte para cima da multidão, que sai correndo assustada.
Ao menos dez pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas conscientes e estáveis, segundo o departamento de saúde do município.
Em nota, a Prefeitura de Igarapava negou que o animal fizesse parte da programação do desfile.
A Polícia Civil apura o caso.
‘É um boi muito dócil’
De acordo com Santos, o animal é conhecido na cidade, já participou de comemorações passadas e nunca representou problemas. Naquele dia, no entanto, ele foi incomodado por um cachorro.
“Toda cidade nossa da região é de origem ter a cavalgada junto com a festa da cidade”, explica. “É um boi muito dócil, muito dócil. O cachorro mordeu a perna dele e ele ficou assustado.”
No vídeo, um cão aparece em uma rua, bem próximo ao boi, momentos antes de ele ficar irritado. Uma pessoa que estava montada nele tem dificuldade de controlar o bicho.
“O cachorro estava atrás querendo morder o boi de novo. Era um cachorro preto, com uma faixa branca no pescoço”, descreve.
Ele foi contido depois de três ou quatro minutos, mas já havia atingido algumas pessoas. “Quando o boi saiu, eu consegui segurar ele e amarrar na árvore, onde ele ficou amarrado até vir o caminhão e a gente transportar ele pra lavoura”, diz.
Segundo Santos, a ação do cavaleiro também foi essencial para que o boi machucasse menos pessoas.
“Quando ele entrou no meio do povo, imediatamente, o menino conseguiu cortar pra rua que tinha menos gente e nós já amarramos o boi logo na árvore já”, afirma.